Rute e sua decisão

    “Não me instes para que te deixe, e me afaste de ao pé de ti: porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares à noite ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus”. Assim disse Rute a Noemi. Rt. 1.16.

Tempos depois morreu o marido de Noemi. Os dois filhos se casaram com moças da localidade, ou seja, moabitas.  O tempo passou e aconteceu que os dois filhos de Noemi, Malom e Quilion também morreram. Noemi sentiu-se solitária, embora vivesse com as duas noras, Rute e Orfa. Ela decidiu voltar à sua terra, e à sua parentela. Partiram. Noemi para Belém de Judá, e as noras para sua terra, Moabe. Quando Noemi e as noras se aproximaram de Moabe, ela quis despedir-se delas para que voltassem à casa materna. Orfa despediu-se de Noemi e de Rute e retornou a casa de sua mãe, mas Rute contestou, e não quis retornar a casa materna, antes firmou a sua decisão de acompanhar Noemi por onde quer que ela fosse. Os versículos 1.16 e 17 – Rute apresenta a Noemi a sua decisão.

A decisão inabalável de Rute foi fruto do trabalho espiritual de Noemi. O trabalho espiritual não acontece num piscar de olhos, sempre requer algum ou muito tempo para que  se fixe e produza resultado. Com certeza Noemi as ensinava a respeito do seu Deus. Deus vivo e verdadeiro. Rute aproveitou os ensinamentos, e se voltou totalmente a esse Deus maravilhoso. Entregou-se de corpo e alma a Ele. Confiou. Não duvidou. Decisão linda e digna de ser relatada e imitada.

Orfa ouviu os mesmos ensinamentos, mas não aprendeu nem apreendeu os ensinamentos que lhe foram transmitidos por Noemi. Preferiu voltar à sua casa materna, e à idolatria, porque Moabe era essencialmente idólatra.  Não se tem notícias dela depois que se despediu de Noemi. Assim acontece: quem crê no Deus vivo e verdadeiro tem as bênçãos e a alegria de viver; quem crê na idolatria não obtém bênção divina, porque a idolatria é inócua, sem valor algum. Ídolos não podem fazer nada por ninguém. Os ídolos são criações humanas feitos pelas mãos do homem. O homem é o seu criador, logo o homem é maior que o seu ídolo.

Ao chegar a Belém de Judá as duas procuraram parentes de Elimeleque para socorrê-las por algum tempo. Rute enfrentou serviço difícil, o de colher espigas no campo para ganhar o sustento dela e de Noemi. Rute renunciou a tudo que a cercava para ficar ao lado de Noemi e cuidar dela. Havia um costume entre os judeus, que se morresse algum homem de uma família, o irmão teria como obrigação casar-se com a viúva e suscitar herdeiro para o falecido. Quando este não tinha irmão, o encargo passaria ao parente mais próximo.

Assim aconteceu. Noemi e Rute ficaram amparadas na casa de um parente de Elimeleque, e por coincidência ele seria o resgatador mais próximo da viúva do parente falecido. O parente resgatador ficou encantado com a bondade, amor e personalidade de Rute, e por tudo que ela fizera para a sua sogra Noemi.  Ele imediatamente assumiu o seu compromisso de resgatador, casando-se com ela. Rute que havia abdicado a tudo que a vida poderia lhe oferecer, para cuidar de Noemi, recebeu bênçãos sem medida do Senhor Deus. Rute ganhou um marido, um filho que recebera o nome de Obede, um lar e muitos bens materiais.

O marido de Rute chamava-se Boaz, e  era dono de muitos campos. Noemi que se achava desamparada, recebeu ricas bênçãos do Senhor Deus, um lar juntamente com sua nora Rute, e um lindo neto para embalá-lo em seus braços. Teve uma velhice tranquila e cheia de dias. Todo aquele que confia somente no Senhor recebe de Suas mãos as mais ricas e variadas bênçãos. Quando tudo parecia sem solução, o Senhor veio ao encontro das duas e as encheu de bênçãos e de paz.

“Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e jamais falte o óleo sobre a tua cabeça” Ec. 9.8.

 

Graça e Paz!

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