João 15.1-27
“Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito” v. 7.
“O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” v. 12.
“Usada simbolicamente, a videira era o emblema da prosperidade e da paz entre os antigos hebreus. Mais particularmente, porém, simbolizava o povo escolhido. Eles eram a videira que Deus havia tirado do Egito (Sl 80.8-14; Is. 5.1-5) e plantada em uma terra escolhida. Haviam recebido toda a atenção necessária para que produzissem frutos extraordinários, mas, em lugar disso, haviam produzido apenas uvas bravas. Por esse motivo haveriam de ser abandonados às depredações de seus inimigos. Quando uma vinha se tornava improdutiva, era abandonada (cf. Is 16.8), e a videiras secas eram usadas como combustível e para fabricar carvão vegetal (Ez 15.4; Jo 13.5)”.
“Nada menos que cinco parábolas de Jesus se relacionam com a videira e seu cultivo. Essas parábolas são a da figueira na vinha (Lc 13.6-9); dos trabalhadores na vinha (Mt 20.1-6); do vinho novo em odres velhos (Mt 9.17); dos dois filhos (Mt 21.28-32) e dos lavradores maus (Mt 21.33; Mc 12.111; Lc 20.9-18). Particularmente significativa foi a descrição que Cristo fez de Si mesmo como a videira verdadeira (Jo 15.1), com a qual todos os crentes autênticos se encontram em relação orgânica. Por ocasião da última Ceia o fruto da videira simbolizou o sangue expiatório de Cristo, tornando-se no vinho da ordenança da Ceia do Senhor. A arte cristã tem frequentemente utilizado a videira a fim de simbolizar a união de Cristo com Seus seguidores” – Dic. O Novo Dic. da Bíblia – Vol. III – pág. 1662.
A videira era e é uma planta muito conhecida por todas as pessoas. Desde a mais remota antiguidade cultivava-se a videira e os seus frutos. Ela aparece em muitos lugares no Velho Testamento, sempre como símbolo de prosperidade. Jesus usou esse símbolo para ilustrar a relação entre o Pai, Ele (Jesus) e os Seus seguidores. “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor” v.1. “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” v. 5.
Para a videira existir, é necessário que haja solo fértil, manutenção das necessidades básicas de toda planta (cuidados para que ela se desenvolva corretamente); Jesus disse que o Pai é o agricultor. Então Ele zela pelo bem-estar da planta. Os discípulos são os ramos. Todo ramo necessita estar ligado ao tronco. Nenhum galho sobrevive fora do tronco. O tronco é aquele que fornece a seiva para alimentação dos ramos. “Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito” v.7.
A ilustração da videira comparada à vida de todo seguidor do Senhor Jesus é muito bonita. Porque todo seguidor de Jesus está anexo ao tronco que é Jesus. Os ramos são mantidos e alimentados por Ele. Mas se alguém se solta do tronco, certamente, secará, e será cortado e atirado ao fogo. Mas todo aquele que fica anexo ao tronco, se alimentando mais e mais da seiva (Palavra de Deus), ele crescerá, se fortalecerá e dará muito fruto. O tronco (Jesus) é a fortaleza de nossas almas imortais. O agricultor (Deus) zela pela alimentação do tronco e para o fortalecimento dos ramos.
As videiras dão fruto em cachos com muitas uvas próximas uma as outras, ou seja, muito juntas, e não se estranham umas com as outras. Assim também as videiras humanas devem proceder uns com os outros. Permanecer ligadas umas às outras no amor de Deus, sempre se alimentando da seiva (Palavra de Deus). Há uma relação perfeita entre o agricultor (Pai), a videira verdadeira (Jesus) e os ramos nós. Assim como a videira se torna uma planta cheia de ramos e os ramos cheios de frutos, nós também devemos aprender de Jesus e vivermos em bonita comunhão entre nós e o nosso Senhor e Salvador pessoal. A Sua grande vinha estará na nova Jerusalém celestial. Muito bem cuidada pelo Senhor Jesus.
“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo conceda” v. 16.
Graça e Paz!