João 12.12-19
“E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupos de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” Miquéias 5.2.
Numerosa multidão fora a Jerusalém para a festa da Páscoa. A Páscoa tinha um significado muito grande para o povo judeu. Comemoravam a libertação geográfica e política do Egito. Os judeus clamaram a Deus que estavam sofrendo horrores no Egito. Eram escravos, portanto não tinham liberdade para nada, eram maltratados e tolhidos até para prestar culto ao seu Deus. Então Deus os ouviu, e enviou Moisés para libertá-los da escravidão egípcia.
Antes da libertação o povo preparou e comemorou a primeira Páscoa, como o Senhor Deus lhe ordenara. Em seguida, foram livres do julgo egípcio. Daí, todos os anos comemorarem com grandes festas a Páscoa da libertação política e geográfica. Após o sacrifício e a ressurreição de Jesus Cristo todos os seguidores de Jesus comemoram a Páscoa da libertação espiritual. O Senhor Jesus liberta todo aquele que se achega a Ele. Ele oferece a libertação espiritual. A pessoa deixa de ser escrava do pecado, e torna-se uma pessoa livre.
Jesus estava a caminho de Jerusalém, e a multidão que viera para a festa da Páscoa ouviu que Ele estava próximo a Jerusalém. A multidão: “Tomou ramos de palmeiras e saiu ao Seu encontro clamando: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor e que é Rei de Israel!” v. 13. Jesus havia conseguido um jumentinho, e montou-o, para se cumprir o que está escrito: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta” Zc. 9.9. O jumento na época era a montaria dos reis e grandes senhores em suas visitas e viagens para outras plagas. Assim Jesus ao montar em jumento, na sua entrada triunfal em Jerusalém, estava demonstrando Sua natureza Real.
Jerusalém (= cidade de paz): Podemos usá-la figuradamente como sendo o âmago do ser humano, ou seja, coração/alma/espírito. Jumentinho (animal teimoso, irredutível quando empaca, é muito difícil lidar com ). Pode ser usado figuradamente como o ser humano, que é bem parecido. Mas Jesus vai de encontro com a pessoa tocando em sua vida, e transformando-a totalmente. Jesus envolve a pessoa com a sua capa protetora (vestes), assim como as pessoas a colocaram (vestes) sobre o jumentinho. Ele montou no jumentinho, tornando-o dócil, e assim envolveu e envolve as pessoas que o seguem, tornando-as dóceis, amorosas, espiritualizadas.
“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda” Jo. 15.16. Jesus entrou triunfante em Jerusalém, e ouviu os gritos da multidão “… Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor e que é Rei de Israel”. Assim acontece com todo aquele que o Senhor Jesus tocar, por mais rebelde e teimosa que uma pessoa seja, com o toque bendito do Senhor, ela se torna uma cidadã do reino.
Porque o Senhor Jesus entra triunfante em sua vida, e ouve os gritos de alegria da alma ““… Hosana! “Bendito o que vem em nome do Senhor e que é Rei de Israel”. Ou seja, Rei do meu coração/alma/espírito. O Senhor Jesus não faz acepção de pessoa, Ele toca na vida de cada uma, mas a decisão é individual e intransferível para outra pessoa. Jesus entra triunfal no coração de cada pessoa que aceita o seu toque, o seu chamamento, o seu convite para morar nas mansões celestiais, juntamente com Ele e todos os salvos e bem-aventurados.
“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-vos-á” Mt. 7.7,8.
Graça e Paz!