O traidor indicado

João 13.12-38.

Jesus participava da última ceia, juntamente com seus discípulos, quando Ele (Jesus) revelou que um dentre eles O havia de trair. Todos ficaram preocupados com a revelação. Pedro pediu ao discípulo que estava mais próximo a Jesus, que perguntasse quem O havia de trair. Porque todos se preocuparam, pensando que fosse individualmente cada um. Era natural aquela preocupação, uma vez que alguém havia de trair o amado Mestre.

Durante a ceia Jesus havia dado uma grande lição de humildade e uma grande mensagem a todos os presentes, quando lavou e enxugou os pés aos discípulos.  Determinou ainda que seus discípulos fizessem o mesmo. Foi um gesto de humildade com significado mui valioso, porque através do lavar os pés ficou claro que para a pessoa ser salva ela precisa estar totalmente limpa, e não apenas pela metade. Jesus quer que a pessoa seja totalmente d’Ele, assim ela receberá as bênçãos no seu total, e não as migalhas.

Os discípulos preocupados queriam saber quem O havia de trair.  Jesus disse: “… Aquele que come do meu pão levantou contra mim seu calcanhar” v. 18b. Pelo visto, não estava no plano de cada um trair a Jesus, porque se sentiam muito bem ao Seu lado. Depois que disse estas cousas angustiou-se Jesus em espírito. Os discípulos olharam uns para os outros preocupados e queriam saber de quem se tratava. Então, Jesus respondeu: “É aquele a quem eu der o pedaço de pão molhado. Tomou, pois, um pedaço de pão e, tendo-o molhado, deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes” v. 26.

“E, após receber o bocado, imediatamente, entrou nele Satanás. Então, disse Jesus: O que pretendes fazer, faze-o depressa” v. 27. Judas saíra imediatamente. Os discípulos não entenderam porque Judas saíra tão rapidamente. Pensavam que ele saíra para comprar alguma coisa que faltava na mesa, uma vez que Judas tinha a bolsa, logo tinha o dinheiro. “Ele, tendo recebido o bocado, saiu logo. E era noite” v. 30. Assim Judas foi e traiu a Jesus por dinheiro.

Todos os discípulos se compraziam na companhia do Mestre. Aprendiam com Ele. Seguiam-no por todos os lugares. O mesmo tempo que os discípulos despenderam para seguir a Jesus, Judas também o fez, mas com uma diferença: os discípulos eram sinceros, fiéis, amavam o Mestre, e queriam ficar sempre próximo a Ele; Judas era ladrão, desonesto, mau elemento, pensava unicamente no material, levar vantagem em tudo. Não titubeou um só momento, e traiu a Jesus por algumas moedas.

Judas acompanhou de perto o Senhor Jesus, viu seus sinais, desfrutou da boa amizade, ceou com Jesus (a ceia só é oferecida aos amigos mais íntimos, alguém que a pessoa preza muito, mas Judas retribuiu com a traição), teve toda chance de acompanhá-lo, de servi-lo. Tudo isso não foi suficiente para a salvação de sua alma imortal. Judas teve remorso pelo que fez, mas não se arrependeu (não encontrou lugar para o arrependimento), O remorso por maior que seja não é arrependimento. Arrependimento traz vida, perdão, tranquilidade, bem-estar. O remorso mata a alma.

A figura de Judas não ficou apenas para Judas Iscariotes. É muito comum encontrarmos Judas na vida das pessoas. Porque há pessoas que roubam a paz de outras, que vendem o nome do Senhor Jesus por dinheiro, e ainda acham que estão corretos. São piores do que Judas Iscariotes, porque Judas teve remorso, e remorso muito grande. Tentou devolver o dinheiro aos sumos sacerdotes, mas não conseguiu, porque quem comprou a desgraça do outro, nem sempre consegue consertar o estrago feito. Há muitos Judas modernos vendendo Jesus, outros arrancando as sementes (Palavra de Deus) plantadas no coração/alma/espírito das pessoas, outros destruindo tudo que é espiritual, que é bom, que é saudável, e valorizam o material, o dinheiro, o social, exploram em tudo o próximo, enfim, amam o mundo incrédulo.

“Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem: porque eu o sou”. v.13.

Graça e Paz!

13.12-38.

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