Durante o ministério de Jesus, Ele cativou muitos, que se tornaram Seus discípulos. No final de Seu ministério terreno, Ele falou sobre a Sua morte e a Sua segunda vinda. Para que os discípulos entendessem a que Ele estava se referindo, citou uma parábola: “Certo homem nobre partiu para uma terra distante a fim de tomar posse de um reino e voltar depois”.(Lc 19.11-28).
Para uma maior ilustração Ele usou a figura do casamento, uma vez que o casamento na cultura da época era um acontecimento muito festejado, talvez fosse a maior festa que havia. Não eram apenas duas pessoas que se uniam, mas duas famílias que se entrelaçavam, e passavam a ser uma apenas. Tal era a alegria, que era digna de ilustração para o futuro encontro de Jesus com os Seus salvos e bem-aventurados.
Na época o casamento era realizado em duas etapas: na primeira, os jovens assumiam um compromisso um com o outro e as famílias apoiavam. Então eram feitos os votos de fidelidade na presença das famílias. Esses votos eram confirmados e assumidos (casamento). Em seguida, o pai do noivo marcava uma data para que esse compromisso fosse consumado. A família do noivo pagava um dote, e o noivo teria um tempo para preparar um lugar para morar com sua esposa. Esta deveria manter-se pura e bonita para o seu marido. Maria, mãe de Jesus, encontrava-se neste período de espera (alguns meses), em que José tinha ido preparar um lugar para morar – Lc 1.27, quando recebeu o aviso do Anjo de Deus de que Jesus nasceria. Ela estava desposada (casada) com José Mt 1.18. Não há lugar para dúvidas quanto a isso. Na segunda etapa, quando a habitação estava pronta e o prazo vencendo, o noivo/esposo ia buscar sua noiva/esposa para que onde ele estivesse, ela também estaria.
A palavra casamento, na cultura da época, significava: fazer um cômodo na casa/tenda do pai, assim a família crescia e se fortalecia. As famílias eram grandes e se tornavam um clã, sempre dirigido e guardado pelo patriarca, que deveria ser um pai governante, honesto, zeloso, responsável pela saúde e vitalidade de seu clã, , respeitado por todos da família e vizinhança. Assim, Jesus usou a figura do casamento para explicar como será o Seu reino e a convivência com os Seus discípulos/salvos e bem-aventurados.
Quando Jesus disse: “Na casa de Meu Pai há muitas moradas…” João 14.2,3, Ele estava se referindo que na casa/clã do Pai há muitos cômodos preparados, o suficiente para todo aquele que n’Ele crê. João 3.16; 14.6, e O recebe em seu coração – João 1.12. Assim, como havia grandes festas durante os casamentos da época, assim haverá uma grande festa quando Jesus arrebatar os Seus, e os levar para a habitação que Ele foi preparar. Jesus voltará brevemente, mas não há data marcada.