A crucificação

João 19.17-42

Logo após Pilatos entregar Jesus para ser crucificado, os guardas O levaram a um lugar chamado Gólgota, que significa Lugar da Caveira. Jesus foi crucificado juntamente com outros dois homens, ficando um de cada lado e Jesus no meio. Deram-lhe a beber vinho com fel (Sl. 69.21), mas Ele, provando-o, não quis beber. “Então, O crucificaram e repartiram entre si as vestes dele, lançando-lhes sorte, para ver o que levaria cada um” Mc. 15.24. “O povo que estava ali e a tudo observava. Também as autoridades zombavam e diziam: Salvou os outros; a si mesmo se salve, se é, de fato, o Cristo de Deus, o escolhido” Lc. 23.35. Igualmente os soldados O escarneciam. “Pilatos escreveu também um título e o colocou no cimo da cruz; o que estava escrito era: JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS” v. 19. Este título estava escrito em: hebraico, latim e grego, nas iniciais em Latim I.N.R.I.

Os principais sacerdotes contestaram o que Pilatos escreveu, mas ele lhes disse: “O que escrevi, escrevi” v. 22b. Pilatos já estava cansado daquela interferência dos principais sacerdotes, que não queriam assumir a morte de Jesus, pois, Pilatos não O condenaria à morte porque O julgava inocente. Os sacerdotes queriam dar palpites em tudo, visando condená-lO, notadamente porque Jesus dissera o que sempre foi, Rei de Israel.

Desde a mais remota antiguidade, Israel era reinado e cuidado por Deus, e Deus constituía juízes para o governo do povo. Mas quem realmente reinava era o próprio Deus. Assim Jesus como a encarnação do Verbo era de fato e de direito o Rei de Israel.

Os juízes lideraram por muito tempo. Quando Samuel envelheceu, e começou a preparar os seus filhos para que o substituíssem houve assim certo descontentamento entre o povo, porque os filhos de Samuel não eram pessoas bem vistas entre o povo. Então, o povo pediu a Samuel que se dirigisse a Deus e lhe pedisse um rei humano, pois queria ter um governo igual a dos outros povos “… Dá-nos um rei, que nos governe. Então, Samuel orou ao Senhor” 1 Sm. 8.6.

Disse o Senhor a Samuel: “Atende à voz do povo em tudo quanto diz, pois não te rejeitou a ti, mas a mim, para eu não reinar sobre ele” 1 Sm. 8.7. Deus mandou o rei que o povo pediu, e não mais reinou sobre ele (povo). O povo não sabia que estava o pedindo, nem os problemas que viriam desse desastrado pedido. Contudo, Deus não deixou de abençoá-lo. A partir desta decisão, o povo teve um rei. Mas o povo não previa que o rei humano não seria igual a Deus. O rei humano é tão cheio de defeitos, de limitações, e é tão pecador quanto cada um deles, além de ter direitos vastos sobre o povo, e sobre tudo que o povo possuísse, colhesse. O Senhor Deus deixou o povo judeu caminhar sozinho, com seu rei humano que desfrutava como direito de rei, de tudo que advinha desse reinado. O Senhor Deus foi rejeitado pelo povo, e o povo por isso passou por muitos percalços durante aquele tempo. Ainda hoje enfrentam o resultado dessa escolha ultra mal-feita.

O povo passou a sofrer as mais variadas contrariedades, contendas, perseguições, guerras, tanto quanto os povos que outrora foram invejados por Israel. Vários reinaram em Israel. Quando, porém, Pilatos escreveu: “JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS” inconscientemente ele estava frisando que Deus nunca deixara de ser Rei dos judeus. Apenas houve um espaço de tempo para que o povo sentisse o peso de sua decisão.

A história dividiu o tempo, mas não mudou em relação ao povo que destronou Deus do Seu Reinado terreno. Mas Deus se manifestou na pessoa de Jesus Cristo e fora rejeitado novamente, condenado, crucificado, sepultado, mas venceu a morte com a Sua ressurreição, e assunção ao céu. Para Deus não há limites, não há dificuldades. Ele sempre foi, é, e será Eterno, Onisciente, Onipresente, e Onipotente.

Judeu é todo aquele que é convertido ao Senhor Jesus. Para haver conversão é necessário que a pessoa queira voltar-se a Deus, através de Jesus Cristo. Daí a pessoa passa a ter um Rei que a dirija, a cuide, e guarde a sua vida, e lhe ofereça a prosperidade espiritual. Nunca pedir um rei humano, ou seja, seguir idéias errôneas, filosofias diversas que não levam a nada, porque somente Deus pode nos guiar tranquilamente pelas sendas da vida. Nunca querer ser igual ao outro, porque nunca se sabe que rei o outro tem, mas a pessoa deve estar certa de sua escolha e ser fiel a ela.

Se a pessoa pedir um rei humano, ou seja, pedir algo a uma pessoa que tem tanto poder quanto ela própria, como irá receber as bênçãos do alto? Tudo que é humano é falho, é defeituoso, limitado, perverso, mas o que é divino é incomparavelmente melhor e superior. Com o Rei Supremo a pessoa tem segurança, amor, tranquilidade, paz e a certeza de que no futuro a sua morada será na mansão celestial. Tudo que o Senhor quer é que andemos com Ele, tenhamos comunhão com Ele. Quanto mais próximos estivermos, mais bênçãos receberemos. O nosso Rei é o verdadeiro Rei sobre tudo e sobre todos. Somente Ele é eterno e tem poder para nos dar a vida eterna.

“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda” João 15.16.

Graça e Paz!

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