Livrinho

“… Toma-o e devora-o; certamente, ele será amargo ao teu estômago, mas, na tua boca, doce como mel” Apoc. 10.9.

O apóstolo João disse: “…achei-me  na ilha de Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus./ Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta, dizendo: O que vês escreve em livro…” Apoc. 1.9b, 10.  O apóstolo João esteve espiritualmente, com o Senhor, e ouviu várias recomendações sobre o que haveria de vir no futuro. Depois de toda exposição dos acontecimentos futuros, um anjo deu-lhe um livrinho e ordenou-lhe que o devorasse, e que este seria amargo ao seu estômago, mas, na sua boca, doce como mel.

Que livrinho era esse tão importante para que o apóstolo o devorasse (devorar = engolir de uma só vez, comer avidamente, muito rapidamente)? O apóstolo deveria fazê-lo rapidamente. O apóstolo tomou o livrinho da mão do anjo, e devorou-o, e, na sua boca, era doce como mel; quando porém, o comeu, o seu estômago ficou amargo.

O que o apóstolo chamou de “livrinho”, nós o chamamos de Bíblia. A Bíblia é um compêndio de sabedoria. Tudo quanto nós precisamos para o nosso conhecimento, procedimento, direção correta de vida, ensinamentos, encontramos nos ensinos do nosso Deus. A Bíblia é um pequeno livro em relação a outros bem maiores de tamanho, volume, ilustração, mas este pequeno livro que cabe em nossas bolsas, porta-luvas de nossos carros, em nossos bolsos, na gaveta de nossas penteadeiras, ou outros lugares pequenos. Mas este pequeno livro é tão grande para transmitir conhecimentos, que mesmo que passemos a vida toda estudando-o, não vamos chegar ao final, ou ao ápice de conhecimento a respeito do Reino de Deus. Além de ser um grande livro para ensinar, indica o caminho para a vida eterna. Oferece de graça a salvação em Cristo Jesus, é só a pessoa querer, e se dirigir ao Senhor da Glória. Daí, a necessidade de se devorar o livrinho, aprender com ele, crescer no conhecimento, e desfrutar das bênçãos que estão nele contidas.

O sabor doce como mel na boca, acontece que, quando estudamos a palavra de Deus achamo-la deliciosa, doce, agradável, excelente para as nossas vidas, muito bom para o nosso entendimento. Por isso devemos devorar a Palavra de Deus, isto é, nos alimentar cada vez mais deste Pão (Jo. 6.48) farto e delicioso para as nossas almas, realmente, é um mel para o nosso paladar. Quanto mais alimento espiritual, mais bênçãos serão derramadas.

Amargo ao estômago, porque, quando queremos transmitir essa palavra tão boa, tão edificante, tão abençoada, às pessoas que nos cercam, que não conhecem essa bênção maravilhosa, retrucam que não creem, que não aceitam, muitas vezes blasfemam contra o Deus da Glória, misericordioso que conhecemos, isto nos fere grandemente. Amargo ao nosso estômago é ver almas tão preciosas caminhando para a perdição eterna.

Muitas vezes oramos muito por uma pessoa, para que seja curada de alguma enfermidade, receba uma bênção, um livramento, isto é, enquanto oramos tudo bem, depois em agradecimento ao Senhor, ela se volta contra Ele, e isto nos deixa muito chateados, tristes, muitas vezes desanimados, isto é muito amargo no nosso estômago/coração. A ingratidão entristece a Deus, que ama todas as criaturas, e muito mais aqueles que são gratos pelos Seus benefícios. O Senhor Deus é maravilhoso, está sempre disposto a perdoar, abençoar, livrar do mal, a defender dos inimigos. Is. 59.1.

Há também o Livro da Vida, no qual devemos estar inscritos. Somente os inscritos terão direito a Vida Eterna, juntamente com os salvos e bem-aventurados. Salmo 139.16; Dn 12.1b; Fl. 4.3b; Apoc. 3.5; 13.8; 21.17b.; 20.12b.

“… Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”. Jr. 31.33.

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